Xadrez

Deixe-me te contar uma história, meu caro, sobre um tabuleiro de xadrez que não é só pra jogar, não. É pra admirar, pra sentir, pra ver de perto a riqueza da nossa terra esculpida em pedra. Imagina só: um tabuleiro que de tão bonito, parece até miragem no meio da caatinga!

O Tabuleiro: Um Pedaço do Sertão em Suas Mãos

As casas desse tabuleiro, meu fi, não são de madeira nem plástico, não. As claras seriam de turmalina, com aquele brilho que lembra as águas do rio São Francisco refletindo o sol, sabe? Um rosa clarinho, um branco quase transparente, coisa linda de se ver. E as casas escuras? Ah, essas seriam de serpentinita, um verde que puxa pro tom das folhas do mandacaru depois da chuva, com uns veios que parecem os caminhos da nossa chapada. Liso que só ele, um espelho que reflete a beleza do sertão em cada jogada.

As Peças: A Força e a Delicadeza da Nossa Gente

E as peças, meu rei? De um lado, a turmalina negra, com sua força que lembra o vaqueiro destemido, o brilho opaco e a presença que impõe respeito. Cada peão, cada torre, cada cavalo, tudo feito na rocha bruta, com a marca do artesão que sabe o que faz. Peças que parecem que têm alma, de tão únicas.

Do outro lado, a serpentinita, com seu verde que acalma a vista e sua textura macia que parece um carinho. Essas peças representam a delicadeza e a resistência da mulher nordestina, que enfrenta o sol e a seca, mas nunca perde a ternura. O rei, a rainha, o bispo, todos com o jeitinho da pedra, cada um com sua beleza particular, como cada pedacinho da nossa gente.

Um Xadrez com Sabor de Nordeste

Jogar xadrez nesse tabuleiro, meu amigo, seria mais que um jogo. Seria um resgate, um mergulho na nossa cultura. Sentir o peso da pedra na mão, o barulhinho suave de uma peça se arrastando, o cheiro de terra que parece que vem da pedra. Cada movimento seria um suspiro, uma contemplação da arte que nasce do nosso chão. É a força da nossa pedra, a beleza do nosso povo, tudo junto num jogo que é a cara do Nordeste.

Que que tu achas de uma beleza dessas? Não é de deixar a gente de queix

o caído?